A campanha da Rotaract Brasil visa
levar informações e ações para os 38 distritos de Rotaract clubs do Brasil de
um assunto muito importante: as pequenas corrupções. Contemplando a ODS 16
(paz, justiça e instituições eficazes), debatendo sobre essas pequenas
infrações que acontecem no cotidiano de todos.
Por que as pequenas corrupções estão em evidência?
Segundo
os números da ONG Transparência Internacional (2012) o Brasil possui altos
índices de corrupção. Os cálculos apontam índices que vão de 0 a 10, dos mais
honestos aos mais corruptos, nosso país ocupa a 73ª posição no ranking e tem
uma nota de 3,8. Esta nota é incompatível com o futuro que queremos para o
nosso país que, mesmo com o crescimento econômico pós-redemocratização, com a
diminuição das desigualdades, estabilidade econômica e a melhoria de outros
fatores sociais, ainda a máquina pública, os negócios sofrem com estas amarras
da corrupção e as relações humanas sofrem com esta doença moral. Estima-se que
todos os anos cerca de R$ 1 trilhão, o equivalente ao Produto Interno Bruto
(PIB) da Argentina, é desperdiçado no Brasil com corrupção.
Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem elevado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento. Todos estes problemas são filhos de um mesmo processo e entram em
um círculo vicioso quando não são estimuladas a participação cidadã e a
fiscalização por parte de todos os cidadãos. Quando processos corruptos e
ilegais entram para a normalidade e são um dos meios vistos para se alcançar
status social, precisamos debater e colocar a mão na massa para transformar
essa realidade.
Debater
corrupção no Brasil é sempre um desafio, pois ela não é um problema possível de
ser identificado facilmente, a ilegalidade trabalha por debaixo dos panos, é
feita para não ser percebida, atinge todas as classes sociais e setores, sejam
público ou privado. Nas jornadas de 2013, por exemplo, quando milhões de
pessoas foram às ruas pedindo o fim da corrupção, saúde e educação era fato que
o grito não traduzia ações reais, ou seja, todos são contra a corrupção, mas
quais as ferramentas democráticas e sociais possíveis de serem utilizadas para
melhorar os números e mudar esta cultura?
A
Rotaract Brasil, entendendo isso, propõe fazer este enfrentamento com base em
estudos e com apoio de setores da sociedade, desta maneira queremos impactar
crianças, jovens e adultos. Sabemos que acabar com a corrupção no país é
utopia, afinal em todas as sociedades humanas ela existe, mas também sabemos
que é possível diminuir índices e, desta maneira, melhorar a vida das pessoas,
aumentar a disponibilidade de verba para investimentos públicos e desafogar
esta engrenagem social que sofre com estes altos índices de corrupção no país.
Mudamos estes processos mudando atitudes, faremos isso através da educação e do
debate público.
O
Rotaract Club Nova Geração Itabaiana e o Distrito de Rotaract Clubs D.4390 (
Sergipe, Alagoas e Norte da Bahia) apoia
esta campanha, estaremos planejando uma serie de ações :
palestras, hangouts, publicações, panfletos , projetos sobre a temática que
marcara como projeto piloto do segundo semestre da atividades dos clubes de
rotaract do distrito .
Por DEIVID ILECKI FORGIARINI
Publicado em 05/09/2016
Entrevista realizada por Patricia Kuhn - Gerência de
Jornalismo da Rotaract Brasil
Equipe de Relações Públicas e Imagem publica D.4390 e Rotaract Club Nova Geração Itabaiana 2016/17.

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